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Cresce locação de espaços para armazenagem

As principais empresas do segmento de locação de espaços para armazenagem ("self storage", em inglês) que atuam no Brasil tiveram, no primeiro trimestre, aumento da área locada e continuam a esperar crescimento no acumulado do ano, apesar do acirramento da crise política brasileira.
No país, o mercado de "self storage" ainda é incipiente, e há potencial de expansão tanto pela demanda por parte de pessoas físicas quanto de empresas. A GuardeAqui, maior empresa do segmento, mantém suas projeções para 2017, mas voltará a discutir as estimativas, em meados do ano, segundo o presidente, Allan Paiotti, se houver uma deterioração do cenário econômico nos próximos 60 dias. Por enquanto, a empresa continua com a expectativa que a retomada da economia ocorrerá mais para o fim do ano.
No primeiro trimestre, os preços de locação da GuardeAqui foram mantidos em relação aos praticados em 2016, mas a demanda foi mais afetada em alguns mercados, como Belo Horizonte e Campinas. O desempenho de locação foi melhor do que o esperado em janeiro e março, mas inferior ao projetado em fevereiro. Para reduzir custos, pessoas físicas têm contratado locação de espaços menores, segundo o presidente da GuardeAqui. Já empresas, como por exemplo lojistas da rua de comércio popular 25 de março, localizada no Centro de São Paulo, têm aumentado a área ocupada de empreendimentos de self storage. Ainda é cedo, de acordo com Paiotti, para afirmar se há impacto da piora da crise política na demanda. Neste mês, a Guarde Aqui inaugurou, no Rio de Janeiro, nova unidade e passou a ter 15 empreendimentos em operação. Até o fim do ano, a empresa projeta ter cerca de 20 unidades em funcionamento, sem considerar aquisições que possam ocorrer. Há conversas, em curso, de novas compras. Em janeiro, a GuardeAqui, que já tinha como sócio a Equity International (EI) do megainvestidor Sam Zell, anunciou fusão coma Kipit, controlada pelo Pátria Investimentos. A GoodStorage, joint venture entre a Hemisfério Sul Investimentos (HSI) e o fundo Evengreen Real Estate Partners, teve absorção líquida positiva, "mas modesta", no primeiro trimestre, segundo o presidente, Thiago Cordeiro. A empresa é bastante conservadora na definição de seus estudos de viabilidade, de acordo com Cordeiro. A GoodStorage inaugura, em julho, sua décima unidade e estima chegar a 13 empreendimentos em operação até dezembro. Pessoas físicas respondem pela maior demanda, mas o presidente da GoodStorage diz esperar que uma segunda onda do segmento será puxada pela busca de espaço por empresas. A GoodStorage é focada na capital paulista e na Grande São Paulo. Cordeiro ressalta que ainda há muito pouca oferta de espaços de "self storage" no país. A Metrofit, joint venture entre a TRX e a MetroSelfStorage, registrou absorção líquida positiva no primeiro trimestre, mas em ritmo bem mais lento do que o do ano passado e inferior ao das projeções, de acordo com o presidente, HansPeter Scholl. Os preços de locação se estabilizaram após terem caído no segundo semestre do ano passado. Segundo Scholl, a retomada esperada para o meio do ano pode levar mais tempo para ocorrer. A MetroFit tem duas unidades em operação, número que espera dobrar até o fim do ano. Já o volume total projetado de empreendimentos para o encerramento de 2017 chega a oito. Das áreas das unidades da MetroFit em funcionamento, 55% são ocupadas por pessoas físicas e 45% por empresas. Na avaliação de Scholl, a tendência é que a fatia de pessoas físicas cresça.

Fonte: O Valor - 30/05/2017 - 05:00
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