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Aposentado costuma usar recursos próprios para comprar imóvel

Regiões planas, com acesso fácil a comércio, serviços e transporte público. Essa é a vizinhança ideal para quem já pendurou as chuteiras e quer ficar tranquilo na aposentadoria. Desse jeito, a pessoa pode unir os afazeres diários a passeios, evitando ficar só dentro de casa. “O aposentado prefere prédios com mais unidades. É uma forma de se socializar e não se sentir sozinho. E outra coisa: como eles já estão com os filhos fora de casa, não há necessidade de grandes áreas privativas, o que reduz o condomínio”, explica o vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Prando. O presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, diz que a acessibilidade é o mais importante, já que o aposentado precisa de um imóvel que o atenda nas condições atuais de vida e nas que virão com o passar dos anos. “Um imóvel sem escadas e com facilidade de locomoção externa é fundamental”. Aquisição Prando lembra que os aposentados costumam comprar imóveis com recursos próprios, principalmente porque o tempo de financiamento é reduzido para os mais velhos. O prazo nos bancos fica limitado à idade de 80 anos e seis meses. “Se a pessoa tem 65 anos, só pode financiar por 15 anos. Isso resulta em prestações mais elevadas. E o seguro de vida nessa idade passa a ser um peso muito grande na parcela. Por isso, os aposentados costumam, por exemplo, vender casas maiores e usar o dinheiro para a compra de imóveis menores”. O economista Luciano Nakabashi, da Universidade de São Paulo (USP), acha que o aluguel pode ser interessante devido ao valor mais baixo em relação aos juros de financiamentos imobiliários. “Quando se está aposentado, caso ainda não se tenha um imóvel, é melhor ficar com os recursos no banco para casos de necessidade e imprevistos. Se endividar para comprar um imóvel quando já está aposentado não seria uma boa estratégia”, afirma. Já Costa orienta a colocar tudo no papel. Se a opção for um apartamento, além das prestações, o mutuário deve pagar condomínio e IPTU. “Um financiamento habitacional vai comprometer 30% da renda do mutuário. O aposentado deverá observar se o custo de vida dele se encaixa no restante da renda”. Investimento O representante do Secovi-SP garante que ainda há um percentual considerável de aposentados que usa imóveis alugados como forma de obter renda e complementar a aposentadoria. “Há demanda por esse tipo de negócio. Os mais velhos não têm tanta familiaridade com aplicações financeiras, enquanto o aluguel é simples e fácil de controlar. Costumam ser apartamentos menores, próximos ao metrô (no caso de São Paulo), que se aluga facilmente”, destaca Prando. O presidente da ABMH diz que investir em imóveis não é garantia de um retorno muito rápido, mas pode ser interessante. “A locação retorna em parcelas mensais que agregam na aposentadoria, ou seja, acaba se tornando uma renda a mais para o aposentado”, ressalta Costa. Fonte: ZAP em Casa |
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